Leia no texto a seguir, escrito pelo Educador DeRose, um dos inúmeros motivos para não usarmos mais a palavra "Yôga". O que ensinamos e praticamos é o Método DeRose, outra coisa bem diferente...
"Nosso trabalho não é "zen" (Zen é a denominação de uma variedade de budismo especialmente desenvolvido no Japão. Não tem nada a ver com o Yôga e com a Índia. Budismo é uma religião. Yôga é classificado como filosofia. O budismo é uma heresia do hinduísmo. O Yôga é um dos seis dárshanas, pontos de vista formais do hinduísmo. Logo, por extensão, o budismo poderia ser interpretado como uma heresia perante o Yôga hindu. Se analisarmos por esse lado já percebemos que é uma contradição qualificar Yôga como Zen. Contudo, se quisermos invocar a gíria que denomina "zen" qualquer coisa que seja oriental, estranha, natureba, alienada, caricata, pior ainda). Nossos alunos e instrutores são engenheiros, advogados, médicos, arquitetos, cientistas, universitários, artistas plásticos, escritores, intelectuais e atletas. Nenhum deles é adepto de seitas ou modismos "zen". Atuamos com profissionalismo, pagamos nossos impostos, participamos de ações sociais e estamos inseridos na sociedade como qualquer outra pessoa. Basta olhar - sem preconceito! - para um de nossos praticantes e constata-se que ele não tem nada de "zen". Aliás, todos nós lamentamos a desinformatite quando lemos uma matéria jornalística e encontramos alguma referência discriminatória que nos classifique aleatoriamente como "zen" sem que tenhamos dado motivo algum para essa generalização.
Em Novembro de 2005, um importante jornal carioca noticiou que o restaurante Doce Delícia, do Leblon, estaria inserindo no cardápio um prato intitulado Strogonoff DeRose. Sem mais pensar a respeito, o texto passa a declarar: "O Strogonoff DeRose Zen (que leva parmesão, mozzarela e provolone ao molho cremoso de tomate, noz-moscada, champignon e palmito) foi criado em homenagem ao Mestre DeRose [...]". De onde o estimado jornalista tirou a qualificação "zen"? Será que alguns daqueles queijos era natureba? Será que era o molho de tomate, o champignon, o palmito? Ou será que era por ser em homenagem ao Mestre DeRose, que tem seu nome associado ao Yôga e o redator já havia decidido que sendo Yôga tem que ser "zen" e está acabado?
Na mesma semana, a maior revista do país publicou sobre nós uma belíssima reportagem que começa assim: "O agito na praia de Ipanema vai abrir espaço para uma prática zen [...]". Como assim? Não era uma prática "zen"! Era uma prática de SwáSthya Yôga, a modalidade mais avessa a atitudes esteriotipadas e a comportamentos esquisitoides.
Na mesma semana, um dos mais importantes jornais de São Paulo publicou a matéria intitulada Yôga com elegância, a respeito de um livro meu. A matéria foi muito bem escrita e extremamente simpática. Mas ... quando menos se espera, saído do nada, leio "Yôga são boas maneiras, simplifica o Mestre DeRose, ao ser perguntado [...] sobre o que, afinal, o milenar sistema filosófico e ritualístico indiano tem a ver com etiqueta." Como assim ritualístico? De onde saiu essa dedução? Eu não disse nada que pudesse induzir a tal interpretação, nem encontrei essa palavra em nenhum dos meus 22 livros. É que sendo Yôga cai imediatamente na caixa preta, num drive com defeito de formatação.
Tudo isso ocorreu na mesma semana, em três das mais importantes publicações jornalísticas do país, escritas pelos mais informados jornalistas. Conclusão: é preciso fazer alguma coisa, é urgente tomar alguma providência para esclarecer a opinião pública de que o Yôga, ou pelo menos o SwáSthya Yôga, não tem nada de "zen" e não se encaixa em nenhum esteriótipo ou modismo comtemporâneo."
(extraído do Programa do Primeiro Ano do Curso Básico, DeRose, pg. 234/235, 7ª edição, 2008.)